Segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) o número de indivíduos com excesso de peso já se encontra acima de 1 bilhão e 200 milhões em todo o mundo, dos quais 300 milhões são considerados clinicamente obesos. No Brasil, pessoas acima do peso já atingem a marca de 70 milhões, número esse que dobrou em apenas três décadas. Cerca de 25% são considerados obesos. Pesquisadores estimam que a obesidade já mata, direta ou indiretamente através de doenças provenientes da obesidade, quase como o fumo.
O ganho excessivo de gordura corporal é proveniente de um desequilíbrio energético positivo e crônico, sendo que este pode ter origem multifatorial, ou seja, várias causas com diferentes contribuições, cada uma proporcionando o acúmulo excessivo de gordura, sendo as principais: os fatores ligados ao estilo de vida inativo (sedentarismo), os desequilíbrios nutricionais e os problemas genéticos (que em geral possuem a menor contribuição).
Segundo a OMS, um indivíduo é considerado com sobrepeso quando seu índice de massa corporal (IMC =peso/altura2) ultrapassa 25kg/m2 e obeso quando este superar o valor de 30kg/m2.
Muitos se preocupam com o sobrepeso apenas devido a problemas estéticos. Porém, o excesso de gordura não trás apenas conseqüências estéticas, e sim riscos reais a saúde, com o aumento e o desenvolvimento de inúmeras doenças, como por exemplo: a hipertensão arterial, aumento nos níveis de colesterol e triglicérides, resistência a insulina, diabetes do tipo 2, doenças pulmonares, alguns tipos de câncer, problemas articulares e outros.
Como já apresentado, a obesidade normalmente está fortemente associada com inatividade física. Portanto, a prática de atividade física, associada ao controle na ingestão de alimentos, elevariam o gasto energético podendo dessa forma promover um balanço energético negativo, condição necessária para se produzir uma redução da gordura corporal. Além, é claro, de melhorar a qualidade de vida.
Partindo do principio que a atividade física é extremamente útil no tratamento da obesidade, as questões a serem elucidadas se referem à quantidade, ao tipo e a intensidade com que a ela deve ser realizada. Atualmente as recomendações do American College of Sports Medicine, de atividade física para promoção de saúde consistem em 30 minutos de atividade física moderada, continua ou intermitente, de preferência todos os dias, ou um total de 150 minutos semanais. Para proporcionar maior e mais significativa perda de peso corporal, é necessário que a quantidade de exercício físico aumente além das recomendações feitas para promoção da saúde, por exemplo, para 200 ou 300 minutos por semana de atividades aeróbias em intensidade moderada.
Os exercícios resistidos nesse tipo de tratamento funcionam como um coadjuvante.
A forma de atividade física mais recomendada para a maioria das pessoas, mais especificamente os obesos, é a caminhada, em razão de não exigir grandes níveis de condicionamento físico, ter baixo custo, e ainda ser uma atividade que pode ser praticada em grupos, tornando-a assim muito mais prazerosa.
Entre os inúmeros benefícios que a pratica de atividade física promove gostaríamos de ressaltar: aumento da eficiência cardíaca, redução dos riscos de doenças metabólicas, redução da pressão arterial, aumento da sensibilidade à insulina, aumento do HDL colesterol, redução da FC de repouso, fortalecimento do sistema imunológico, elevação do metabolismo basal, aumento de massa magra, aumento de massa óssea, melhora na qualidade do sono, retardo do envelhecimento, redução da gordura corporal, previne e combate estresse e depressão, aumenta a disposição, entre outros.
FONTE: Site EducaçãoFisica.com.br