Por Leonardo Peleja
O que é ser funcional? A capacidade funcional é a habilidade para realizar as atividades normais da vida diária (como caminhar, subir escadas, carregar sacolas de compras, levantar da cadeira ou pendurar roupas no varal) com eficiência, autonomia e independência. Ou seja, é a capacidade de realizar as atividades do dia-a-dia sem precisar de ajuda de outras pessoas. Para que o indivíduo se movimente eficientemente contra a ação da gravidade, ele deve possuir amplitude de movimento, mobilidade articular, força e resistência muscular, bem como habilidade para coordenar o movimento, alinhar o corpo e reagir quando o peso ou parte do corpo se desloca em uma variedade de planos.
Uma limitação significativa do treino de força tradicional (musculação) é que as máquinas e, até mesmo os pesos, limitam os planos de movimento possíveis durante o exercício. O conceito de que "o corpo conhece os movimentos, não os músculos" distancia-se da noção tradicional do treino de força, que se concentra em músculos isolados. Exercícios funcionais envolvem movimentos amplos, multi-articulares e muitas vezes em vários planos. Esse tipo de treino aumenta a capacidade de coordenação do sistema nervoso em níveis mais altos, constrói padrões de movimentos sólidos e aumenta a massa muscular com proporção e equilíbrio.
O treinamento funcional é a mais recente forma de melhorar o condicionamento físico e a saúde geral com ênfase no aprimoramento da capacidade funcional do corpo humano. Permite que o corpo seja estimulado de um modo que melhore todas as qualidades do sistema musculoesquelético e seus sistemas interdependentes.
Resumidamente, o treinamento funcional representa uma abordagem diversificada de exercícios que integram muitos diferentes tipos de treinamento em um programa de desenvolvimento total do corpo humano, preparando-o de maneira segura para os mais diferentes desafios de qualquer esporte, atividade física ou ocupacional e os movimentos da vida diária.
Referência bibliográfica
ARRUDA, Miguel. Treinamento funcional resistido. 1. ed. Rio de Janeiro: Revinter, 2008 317p.